Para conquistar uma boa colocação no mercado de trabalho, precisamos combinar um currículo adequado com documentos que possam certificar as qualidades apresentadas. Entre os mais importantes, está a carta de recomendação.
A palavra de empregadores, professores, gestores de projetos sociais e afins demonstra não apenas uma boa relação em experiências trabalho anteriores, mas a veracidade das competências alegadas. Logo, chamará a atenção dos recrutadores.
Sendo assim, preparamos este guia sobre a carta de recomendação. Neste conteúdo, você entenderá o que é, qual a importância e como solicitar esse documento. Não deixe de conferir!
O que é uma carta de recomendação?
A carta de recomendação é uma declaração escrita, relatando as competências, as realizações e a integridade de uma pessoa em atividades passadas, com o objetivo de influenciar processos seletivos futuros. É quando uma autoridade, como chefe imediato, professor, orientador de faculdade etc. coloca sua “mão no fogo” por um candidato.
Normalmente, o documento é produzido sob demanda, como o próprio nome já diz, recomendando uma pessoa para um cargo. Além disso, pode ser obrigatório (quando requisitada nas regras do processo seletivo), ou facultativo (quando se tem liberdade para incluí-lo ou não).
Também vale ressaltar que não se trata de uma exclusividade das vagas de emprego ou estágio. Para citar dois casos, geralmente, as pós-graduações stricto sensu (mestrado e doutorado) e os programas de intercâmbio exigem recomendações.
Qual a importância da carta de recomendação de emprego?
A melhor maneira de entender a importância da carta de recomendação pessoal é se imaginar na posição de recrutador. O profissional de RH precisa encontrar não apenas uma pessoa com competências técnicas, mas com comportamentos e atitudes adequados, conforme a necessidade da empresa. O que deve ser feito dentro custos e prazos razoáveis.
Nesse sentido, um erro ao escolher estagiários, trainees e empregados levará a despesas com demissões, novas contratações e treinamentos, prejudicando os resultados do departamento pessoal. Logo, o próprio recrutador coloca seu desempenho em risco sempre que escolhe um profissional.
Consequentemente, diante de vários interessados em uma vaga, existem filtros que são aplicados para separar as opções mais adequadas. É quando, por exemplo, um diploma bem avaliado pelo MEC, como o da Pitágoras, faz toda a diferença, assim como ter uma experiência profissional comprovada.
Também é nesse momento que devemos contar com documentos auxiliares. Até porque, como as técnicas de elaboração e modelos são bastante acessíveis, diversos candidatos colocarão as mesmas informações no currículo. Por exemplo, dificilmente alguém mandará um currículo para cargo de administração sem “trabalho em equipe”, “liderança” e “boa comunicação”.
Sendo assim, a carta de recomendação de emprego é um excelente instrumento para se diferenciar e tomar emprestado um pouco da autoridade de um profissional mais experiente. Com ela em mãos, o recrutador se sentirá mais seguro para oferecer uma oportunidade.
Quem pode escrever essa carta e como solicitar?
Caso o processo seletivo não estabeleça regras específicas, a escolha das referências profissionais é livre, ou seja, você não estará proibido de solicitar uma carta de apresentação para A, B ou C. No entanto, como o objetivo é conquistar um diferencial, o peso pode variar bastante de acordo com a indicação.
Como sugestão, podemos afirmar que boas recomendações vêm das seguintes fontes:
- chefes imediatos, supervisores de estágio, gerentes e diretores;
- especialistas em uma disciplina;
- analistas de RH ou responsável pelas avaliações de desempenho;
- professores e orientadores de trabalhos acadêmicos;
- colegas do mesmo setor no trabalho, especialmente profissionais mais experientes;
- líderes de projetos sociais do qual se tenha participado.
Perceba que cada referência tem autoridade sobre um assunto. Por exemplo, enquanto o professor pode atestará o conhecimento e a disciplina demonstrada em sala de aula, o ex-colega falará sobre a convivência e colaboração no período de empresa.
Uma dica é ler o nosso guia sobre networking para a aprender como construir relações profissionais e criar vínculos adequados, visando indicações e recomendações profissionais.
Além disso, na hora de solicitar a carta de recomendação, certos cuidados podem deixar a pessoa mais à vontade para fornecer o documento. Veja só.
Esclareça a finalidade da carta de apresentação
Por se tratar de uma declaração escrita, quem não está habituado pode ter receio quanto ao uso que você fará do documento. Logo, esclareça a finalidade e para quem a carta será encaminhada.
Peça algo específico
Outra boa prática é relembrar tarefas e atividades realizadas, relacionando a experiência com competências profissionais. Por exemplo, se você quer demonstrar o domínio da informática, converse sobre momentos em que você usou dessa habilidade e diga que necessita comprovar essas competências.
Leve alguns modelos
Pesquisar alguns modelos na internet também pode ser útil, porque permite que a pessoa visualize exatamente do que se trata.
Explique a abrangência da declaração
Por fim, deixe claro de que a declaração abrange apenas o período em que vocês conviveram, no trabalho ou na faculdade.
Quais são os itens obrigatórios em um modelo de carta?
O modelo de carta de recomendação tem uma estrutura bastante simples, inclusive, similar à apresentação pessoal— que é aquela em que falamos de nós mesmos para a empresa. Os pontos principais são os seguintes:
- endereçamento — pessoa a quem é dirigida;
- declaração — afirmação das competências profissionais, indicando o portador da carta de recomendação, período e local das atividades;
- despedida — saudação cordial;
- autenticação — local, data e assinatura.
Para que você possa visualizar esses elementos, veja um modelo de carta de recomendação:
À Sra. [nome], [cargo] e [empresa].
Eu, [nome completo], [cargo], declaro que convivi com o Sr. [nome do portador da carta] na [local da experiência profissional], de [data de início] até [data de término], e recomendo sua contratação para [cargo].
Durante o período, o colega sempre atuou com diligência e teve conduta adequada ao ambiente de trabalho, demonstrando notadamente [competências profissionais], ao exercer a [função], a qual contou com minha supervisão.
Por fim, teve destaque ao [listar projetos ou realizações específicas], contribuindo com serviços relevantes para nossa organização.
Fico à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos por [informar contato].
Atenciosamente,
[assinatura, local, data].
O ideal é pensar um modelo para cada empregador. No caso dos alunos da Pitágoras, também é possível acessar o Canal Conecta e usar as ferramentas disponíveis para identificar competências e perfil comportamental, logo, informações relevantes para o documento.
Sendo assim, agora que você já sabe o que é carta de recomendação, invista na construção do seu networking e não deixe de utilizar esse instrumento valioso na hora de buscar uma colocação no mercado. Ah! Lembre-se também das nossas dicas!
Se você gostou do conteúdo, leia o nosso texto “6 estratégias de marketing pessoal” e aprenda mais dicas para aumentar a sua empregabilidade!