Provavelmente, você já ouviu falar no Programa Universidade para Todos (Prouni), não é? Outro nome bastante conhecido é o do Ministério da Educação (MEC), lembrado pelos estudantes que estão se preparando para o Enem.
Mas, afinal, qual é a relação entre o MEC e o Prouni? Para que você tire essa dúvida, além de conhecer mais detalhes sobre o programa e o que ele proporciona para estudantes que querem ingressar na faculdade, preparamos este post! Você vai ver:
O que é o Prouni e como surgiu?
O Prouni foi criado em 2004, por meio da Lei nº 11.096/2005, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo do programa é incentivar o acesso da população com mais vulnerabilidades socioeconômicas ao ensino superior. Para tanto, concede bolsas de estudo em faculdades privadas.
De acordo com os Dados Abertos do MEC, desde a implementação do Prouni em 2005, mais de 3 milhões de bolsas já foram concedidas, sendo 69% delas integrais — isto é, correspondente ao pagamento integral da mensalidade do estudante, que faz a faculdade gratuitamente. O restante se refere às bolsas parciais (50%).
Como funciona o Prouni?
Provavelmente, estudar de graça ou pagando apenas a metade do curso é uma baita ajuda para muita gente, concorda? Mas não é todo mundo que pode concorrer às bolsas. Como o objetivo do programa é incluir a população de classes mais baixas no ensino superior, existem pré-requisitos de renda e de escolaridade para inscrição.
Além disso, existe um elemento fundamental para conseguir a bolsa: a nota do Enem. Assim como outros programas governamentais voltados para o ensino superior, o Prouni exige a realização e o bom desempenho no Exame.
Veja um resumo dos principais aspectos sobre o funcionamento do Prouni!
Pré-requisitos para inscrição
Para fazer sua inscrição no Prouni do MEC, você precisa atender a todos estes pré-requisitos:
- realização do Enem mais recente — para concorrer em 2020, a nota na edição do Enem de 2019 é essencial;
- 450 pontos, no mínimo, nas provas de Conhecimentos Gerais e não zerar a redação;
- ensino médio em escolas públicas ou como bolsista integral em escolas particulares;
- renda familiar por pessoa da família de até 1,5 salário mínimo, para concorrer às bolsas de 100%, ou de até 3 salários mínimos, para bolsas de 50%.
Processo seletivo
O processo seletivo ocorre no início e no meio do ano, conforme o cronograma do Prouni. Funciona assim: ao preencher os seus dados no portal Prouni do MEC, será avaliado se você atende aos pré-requisitos do programa. Se sim, poderá participar!
Depois disso, o MEC classifica todos os inscritos em um mesmo grupo de preferência (curso, turno e faculdade) por ordem decrescente de pontuação no Enem. Então, se na sua primeira opção de curso existem 5 bolsas e 10 inscritos, somente as 5 melhores colocações serão pré-convocadas.
Se você não estiver entre os candidatos da primeira chamada, não perca as esperanças! O MEC ainda abre lista de espera e chama uma segunda leva de estudantes. Isso porque nem todos os pré-selecionados conseguirão mesmo as bolsas. Afinal, depois de cada convocação, é preciso levar a documentação solicitada pelo Prouni na faculdade.
É aí que está o pulo do gato: nem todos dão esse passo, seja porque desistem das vagas do Prouni do MEC, seja porque perdem os prazos. Ainda, existem aqueles que levam os documentos, mas alguma inconsistência é identificada nas informações, e a bolsa é negada. Por isso, vale a pena ficar de olho na segunda chamada e na lista de espera.
Nota de corte
Como dissemos, as chamadas do Prouni reúnem os candidatos com melhor colocação dentro do grupo de preferência. Durante todo o período de inscrições, o sistema do MEC divulga a nota de corte parcial, que nada mais é do a pontuação do último selecionado até o momento.
Com base nesse referencial, é possível ter uma ideia se tem chances de conseguir a bolsa ou não. É simples: caso a sua pontuação seja menor do que a nota de corte parcial do curso, você já sabe que não entrará na primeira chamada e, assim, que terá as chances reduzidas.
Por isso, vale a pena analisar a possibilidade de trocar a opção de curso ou mesmo de mudar de cidade pelo Prouni, optando por faculdades em que as notas de corte são mais baixas do que a sua pontuação — lembre-se de que, enquanto as inscrições estão abertas, você pode alterar suas preferências.
Prouni e FIES
Outra dúvida comum é sobre a relação entre FIES e Prouni. Não conhece? O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) oferece condições facilitadas para que os estudantes parcelem o curso e só acertem após a formatura.
A ótima notícia é que, se você não pode concorrer a uma bolsa integral devido aos pré-requisitos de renda, mas for contemplado com uma bolsa parcial, ainda pode usar o FIES para financiar o restante da mensalidade.
Qual é o papel do MEC em relação ao Prouni?
De modo geral, é o MEC que licencia as atividades das instituições de ensino superior brasileiras e realiza fiscalizações regulares para garantir a qualidade de ensino e infraestrutura. Já no que se trata do Prouni, deu para perceber que toda a responsabilidade sobre o programa é do Ministério da Educação, não é?
É ele que coordena e fiscaliza os processos de seleção, além de realizar a conferência das informações prestadas pelos candidatos. O MEC ainda realiza as parcerias junto às instituições de ensino superior para a concessão das bolsas de estudo.
Conseguiu entender a relação entre o MEC e o Prouni? Então, você viu que as bolsas de estudo do Governo Federal são uma excelente oportunidade! Mesmo que você não possa concorrer a elas ou não seja selecionado, lembre-se de que a Pitágoras conta com várias facilidades para o seu ingresso e permanência na faculdade, como o crédito estudantil!
Para conhecer outras atribuições do Ministério da Educação, leia nosso texto sobre o que é a nota 5 do MEC e como ela é calculada!
*Sujeito a alteração.