A era tecnológica traz mudanças significativas na forma como nós vivemos e nos comportamos, altera estruturas sociais, a relação entre as pessoas e até mesmo o espaço urbano. As cidades inteligentes, nosso assunto de hoje, surgem e vêm se disseminando dentro desse contexto. O que você sabe sobre elas?
Esses espaços são marcados pelo emprego da tecnologia para tornar mais eficientes vários aspectos cruciais ao bom funcionamento e desenvolvimento dos municípios. Questões como serviços públicos, sustentabilidade, mobilidade e infraestrutura são contemplados, e até mesmo a abertura de novos negócios ganha agilidade.
Neste conteúdo, vamos entender melhor:
Afinal, o que são cidades inteligentes?
Gestão de resíduos feita por canaletas espalhadas pelas ruas que levam o lixo até a central de coleta, monitoramento da iluminação em espaços públicos e utilização de medidores para controlar alarmes de incêndio em vários prédios de determinada região. Essas práticas já são adotadas em Barcelona e Songdo.
Cidades inteligentes (também chamadas de smart cities) resolvem problemas utilizando a tecnologia, centradas em:
- ciência;
- inclusão social;
- preocupação com sustentabilidade;
- foco na melhoria da qualidade de vida da população;
- fomento à economia local.
Um relatório divulgado pela IESE, escola de negócios espanhola, ainda adiciona à lista outros fatores capazes de classificar o quanto uma cidade é inteligente, tais como mobilidade, transporte, capital humano e governança.
O investimento em tecnologia torna os municípios mais sustentáveis, agiliza a prestação de serviços à comunidade, otimiza a infraestrutura e evita o trânsito, facilitando a necessidade de deslocamento das pessoas.
Como funcionam as cidades inteligentes?
Fomos longe para citar casos de como esses espaços urbanos funcionam na prática, citando Songdo e Barcelona. No entanto, já temos ótimos exemplos de cidades inteligentes na arquitetura brasileira.
Curitiba colocou uma frota de veículos elétricos nas ruas para realizar o transporte público, favorecendo a eletromobilidade e a redução de emissão de gases poluentes na atmosfera. O município vem estimulando o aluguel de carros dessa categoria, isentando o motorista de pagar estacionamento por algumas horas e promovendo campanhas a favor de caronas.
São Paulo, por sua vez, foi uma das primeiras cidades do Brasil a implementar ciclovias e faixas exclusivas para ônibus. O investimento em transportes intermodais ganhou força com o uso de bicicletas e patinetes disponibilizados por aplicativo.
Enquanto isso, Belo Horizonte se destaca não só pelo ótimo saneamento urbano e a coleta de lixo, mas também por ser a capital solar do Brasil. O estádio do Mineirão foi preparado com painéis solares e todas as estruturas necessárias para gerar parte de sua energia e ainda abastecer 1,2 mil casas da região.
Smart City Laguna
Sabia que no Brasil tem uma smart city sendo desenvolvida do zero? Ela fica no município de São Gonçalo do Amarante/CE, no distrito de Croatá, e deve contar com uma área de 3,3 milhões de metros quadrados.
A proposta é criar uma cidade autossustentável, de arquitetura arrojada, com energia limpa e comércio, indústria, instituições públicas e residências integrados, uma forma efetiva de diminuir distâncias.
Pelo projeto, será possível trafegar por toda a cidade por meio de ciclovias, e os moradores devem ter um aplicativo exclusivamente desenvolvido para eles. O app permitirá não apenas o controle dos gastos de casa como também prestará contas das despesas empenhadas na manutenção da comunidade. Legal, não é?
Por que as cidades inteligentes são tendência para o Brasil?
Estamos falando do país mais burocrático do mundo, segundo o Banco Mundial e detentor da 7ª posição entre as nações que mais emitem gás carbônico em todo o globo. Alagamentos por várias áreas do país e o trânsito das grandes cidades, como São Paulo, evidenciam o quanto a infraestrutura brasileira é precária.
A atual organização física e estrutural dos municípios não se sustenta: gera insatisfação, é um desfavor à gestão pública, faz o setor privado patinar, prejudica o meio ambiente e deixa a população à mercê de serviços básicos e assistência social. Diante desse cenário, é possível notar o quanto há a ser feito.
Ciência e tecnologia são fatores aos quais os governantes têm olhado cada vez mais para melhorar sua administração. Nesse cenário, as cidades inteligentes são a promessa de um ambiente funcional, com menos problemas para a população e os gestores, voltadas à conectividade, eficiência, otimização na economia e qualidade de vida de todos.
Quais são as oportunidades profissionais trazidas pelas cidades inteligentes?
Estruturar um espaço urbano com tantas integrações requer profissionais gabaritados na área. Nesse contexto, Inteligência Artificial, automação e Internet das Coisas (IoT) ganham os holofotes com um amplo campo de atuação e demanda a perder de vista — um atrativo à geração Y, os jovens que estão de olho ou já entrando no mercado de trabalho.
Softwares para prestação de serviços públicos, chatbots e aplicativos de mobilidade urbana são exemplos de artifícios imprescindíveis ao trabalho das cidades inteligentes. Mas não é só isso: pense ainda na necessidade de investimento em gestão hídrica para melhorar o tratamento das águas e expandir o saneamento básico para toda a população.
Podemos falar também em:
- construção de canaletas e sistemas de drenagem, a fim de controlar chuvas e riscos de inundação;
- uso de painéis solares e estruturas eólicas, com grande potencial de crescimento no nordeste brasileiro;
- geração de energia limpa;
- desenvolvimento de práticas e construções para incentivo do transporte intermodal.
De olho no mercado de trabalho
Diante de tamanho projeto científico, fica evidente o quanto as cidades inteligentes precisarão dos profissionais de tecnologia para saírem do papel: analistas de sistemas, cientistas de dados, da computação, programadores, desenvolvedores e técnicos da área — como podemos perceber, são algumas das profissões mais bem pagas no mercado.
Além disso, administradores, especialistas em finanças, biólogos, arquitetos, engenheiros civis, ambientais, elétricos, mecânicos, mecatrônicos e de produção, entre outras áreas, serão demandados. As implicações legais também são inerentes à estruturação desses espaços urbanos, razão pela qual os juristas precisarão estar preparados.
Profissionais da saúde, educadores, assistentes sociais e relações-públicas ganharão evidência pela necessidade de integração entre os mais diversos setores da vida em comunidade, preocupações desde salubridade até a forma mais efetiva de se comunicar com a população.
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O investimento em cidades inteligentes, impulsionado pela ciência e tecnologia, exige a atuação integrada de profissionais das mais diversas áreas. O processo é complexo, mas é desejo de todos: setor público, privado e população. Fique de olho nesse cenário se estiver pensando no seu espaço no mercado da tecnologia!
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